Notícias sobre a formação de uma associação norte-americana com o intuito de migrar para Mato Grosso, no ano de 1921, animaram o Governo brasileiro, que buscava investimentos nas regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil. Com o passar do tempo, os governantes do Estado foram mudando de ideia e o acordo com os agricultores acabou sendo cancelado. Para a pesquisadora Cibele Barbosa, que prepara um livro sobre o tema, a decisão foi motivada por racismo.
Autointitulada como terra do progresso e da igualdade, o território mato-grossense, comandado na época pelo governador Dom Aquino Correia, passou a oferecer concessões de terras para novos investidores interessados em administrar propriedades rurais na região.
“Já se começou a fazer ali a propaganda, por meio de conferências públicas e exibições cinematográficas, demonstrando assim as esplêndidas pastagens e a exuberância dessas terras”, publicava o jornal carioca A União em 17 de fevereiro de 1921.
Com anúncios em jornais, a campanha rodou o Mundo e despertou o interesse de um grupo de norte-americanos residentes em Chicago.