Ele contou, em interrogatório, que há mais de 15 anos faz explosivos e produziu bombinhas caseiras.
Ele contou, em interrogatório, que há mais de 15 anos faz explosivos e produziu bombinhas caseiras.
Foi preso na quarta-feira (12) por explodir bomba no supermercado Tropical, em Várzeas Grande, o barbeiro Rodrigo Machado de Oliveira, 33, passou meses planejando o atentado e pediu R$ 300 mil para não detonar o explosivo. Apesar da ameaça, a empresa não cedeu e ele cumpriu o plano. O criminoso elaborava o plano há 5 meses. Segundo informações da Polícia Civil, após uma semana de apuração os investigadores chegaram ao carro usado no dia do crime. Posteriormente, conseguiu localizar o homem, que admitiu a ação criminosa e detalhou o plano. Ele contou, em interrogatório, que há mais de 15 anos faz explosivos e produziu bombinhas caseiras. Disse que, no ano passado, teve a ideia de causar prejuízos materiais em "quem tem muito dinheiro" e a rede de supermercado foi a primeira que veio em sua mente, devido ao grande fluxo de pessoas no local, pois poderia se camuflar no meio da multidão e implantar as bombas. O autor do crime disse ainda que em 31 de março, por volta das 8h, colocou a primeira bomba no supermercado da Vila Operária. Após uns 30 minutos, o investigado colocou a segunda bomba na loja do Jardim Tropical. No dia do atentado (4), por volta das 8h a empresa recebeu uma mensagem dia atendimento ao consumidor de uma pessoa pedindo R$ 300 mil, caso contrário explodiria o local. Dizia ser “membro de uma organização que efetua ações de altíssima violência”, o dinheiro deveria ser em moeda virtual. No mesmo dia, por volta das 18h, em uma das lojas da rede, localizada no bairro Vila Operária, houve a detonação de um artefato explosivo que causou lesão corporal grave em duas pessoas, sendo uma delas uma criança de sete anos, além de lesões em outros clientes. Após a denotação do primeiro artefato, o autor da mensagem fez novo contato com o atendimento ao consumidor da empresa exigindo, novamente, o pagamento sob pena de um novo ataque. Assim que foi acionada sobre os fatos, a equipe de investigação da Polícia Civil orientou o imediato fechamento preventivo das lojas da rede de supermercado. Em uma delas, no bairro Jardim Tropical, foi localizado um artefato explosivo. A Polícia Civil acionou as unidades especializadas – Gerência de Operações Especiais e BOPE para desarme e detonação. As equipes especializadas atestaram que se tratava de artefato explosivo bem elaborado, com acionamento por mecanismo eletrônico de detonação à distância. Prisão Preso em sua casa, os policiais apreenderam objetos utilizados na fabricação dos artefatos explosivos, como pólvora, mecanismo eletrônico de detonação à distância, munições, além da motocicleta e outros objetos usados no crime. Todos os materiais foram encaminhados à perícia oficial da Politec para análise. Ele não possui passagens criminais. No local foram apreendidos objetos utilizados na fabricação dos artefatos explosivos, como pólvora, mecanismo eletrônico de detonação à distância, munições, além da motocicleta e outros objetos usados no crime. Todos os materiais foram encaminhados à perícia oficial da Politec para análise. No dia 04 de abril, ele foi até a loja da rede de supermercado e fez o acionamento, após a recusa do proprietário no pagamento da extorsão.