O procedimento busca apurar as condutas do delegado em relação à abordagem policial e ao advogado da família
O procedimento busca apurar as condutas do delegado em relação à abordagem policial e ao advogado da família
Nesta quinta-feira (01), a Corregedoria Geral da Polícia Civil, comunicou por meio de nota, que instaurou sindicância administrativa para apurar a conduta do delegado Bruno França Ferreira. No documento a instituição informou ainda que o delegado foi afastado do cargo por 60 dias. O delegado foi acusado por um advogado e por uma mulher, de ter cometido abuso de autoridade e invasão de domicílio. Caso haja comprovação de ação imprópria, ele pode ser advertido ou suspenso. O delegado invadiu a casa da mulher acompanhado de policiais com fuzis, disse que explodiria a cabeça dela e, segundo a família, apontou a arma para uma criança de 4 anos. As imagens foram capturadas por câmeras de segurança, e exibida com exclusividade pelo Programa do Pop, que ainda mostrou a entrevista da dona do imóvel e do advogado Rodrigo Pouso, que ofendido pelo delegado, enquanto acompanhava sua cliente no Cisc. A conduta do delegado, registrada pelas câmeras de segurança do imóvel, estão sendo analisadas pela Corregedoria, que também analisa se houve o descumprimento da medida protetiva. . De acordo com informações, que a reportagem teve acesso. A ordem que impedia a mulher de se aproximar do adolescente foi expedida pela juíza Gleide Bispo Santo, da 1ª Vara Especializada da Infância e Juventude de Cuiabá, em outubro. E além de manter distância do garoto, ela está impedida de frequentar a casa de familiares do adolescente e a escola que ele estiver matriculado. Rodrigo Pouso, que representa a família, afirma que não tinha conhecimento da medida protetiva, e que só tiveram conhecimento do fato, quando a mulher foi presa. NOTA DA CORREGEDORIA A Corregedoria Geral da Polícia Civil de Mato Grosso instaurou, nesta quinta-feira (01.12), sindicância administrativa para apurar a conduta do delegado Bruno França Ferreira durante uma abordagem a uma residência em um condomínio, em Cuiabá, e determinou o afastamento preventivo do servidor. O procedimento instaurado na Corregedoria busca apurar as condutas praticadas pelo delegado em relação à entrada e abordagem à família na residência e também, posteriormente, nem relação ao advogado da família, na Central de Flagrantes de Cuiabá. A Corregedoria determinou o afastamento preventivo do delegado por 60 dias corridos, podendo o prazo ser prorrogado por igual período. O delegado será notificado do afastamento preventivo, assim como seu superior hierárquico e a Coordenadoria de Gestão de Pessoas da Polícia Civil. A decisão de afastamento preventivo é uma medida tomada pela Corregedoria para o melhor andamento dos trabalhos. Não foi recebido pelo órgão corregedor um pedido formal feito pelo servidor de afastamento do cargo. Uma cópia da documentação produzida foi encaminhada ao setor de investigação criminal da Corregedoria Geral para análise dos fatos.