Janaína afirma que Justiça tarda, mas não falha
Janaína afirma que Justiça tarda, mas não falha
A deputada estadual Janaína Riva (MDB) denunciou na manhã de hoje que o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), conseguiu ser reeleito em 2020 devido a um esquema de desvio de dinheiro público para compra de votos. Na época, Emanuel venceu no segundo turno o ex-vereador e atual deputado federal Abílio Brunini (PL). Segundo a parlamentar, houve uma "fraude política e eleitoral" na capital do Estado. "Eu tenho certeza que a polícia já está constatando nos esquemas de corrupção da Saúde, os meios que ele utilizou para vencer as eleições. Houve na verdade uma fraude eleitoral na vitória dele e as pesquisas apontam que agora a população está mais atenta”, declarou. Janaína Riva apontou a existência sobre um suposto cabide de empregos para cabos eleitorais nas secretarias municipais de Educação e Saúde, o que gerou a Operação Capistrum. Emanuel chegou a ser afastado pelo Tribunal de Justiça, mas segue no cargo após uma decisão do Superior Tribunal de Justiça. Para a deputada, que foi processada por Emanuel após ela prever a prisão dele, as provas são fortes contra o atual gestor do Alencastro. "Houve fraudes no cabide de emprego que está sendo investigado e pode causar uma possível cassação do mandato dele. Outras investigações estão acontecendo dentro do Ministério Público e aguardam decisão do judiciário. Agora cabe aos órgãos mostrar que houve captação de votos ilícita no período eleitoral", comentou. Sobre as declarações de Emanuel, que garantiu que fará o sucessor em 2024, a deputada considerou como um deboche com a sociedade cuiabana diante do caos instalado. Ela admitiu ainda deixar o MDB caso o partido siga atuando em defesa de Emanuel. Para ela, a Justiça tarda, mas não falha. "É um deboche a impunidade porque ele faz um comentário achando que está impune de todos os crimes que estão sendo cometidos. A Justiça tarda, mas não falha. Uma hora vai chegar até ele. Nós não vamos ficar em um partido que seja conivente com a corrupção e com o caos que se instalou dentro de Cuiabá”, analisou a deputada, que é filha do ex-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, José Riva, que fez acordo de colaboração premiada e devolveu R$ 85 milhões aos cofres públicos.