A vereadora Edna Sampaio (PT) afirmou que sofre violência política de gênero no processo em que pode ter o mandato cassado na Câmara de Cuiabá. Para a parlamentar, não há quaisquer provas de desvio da Verba Indenizatória (VI) no processo da Comissão de Ética da Câmara contra ela. Na quinta-feira (17), a Comissão de Ética encaminhou à Presidência da Câmara o relatório final do Processo Administrativo Disciplinar contra Edna por suposto desvio de finalidade na VI destinada à chefia de Gabinete, à época ocupada pela ex-servidora Laura Natasha Abreu. O relatório pede a perda do mandato por quebra de decoro parlamentar. "No mês que nós estamos celebrando ou dando visibilidade à luta contra a violência contra a mulher, eu sou vítima de uma das piores violências que uma mulher pode sofrer dentro de um espaço da política. É um absurdo, uma acusação infundada, resultado de uma denúncia com base em provas ilícitas, provas que, mesmo que fossem lícitas, não provariam absolutamente nada sobre uso ilícito de recurso da verba indenizatória", disse Edna em vídeo publicado nas redes sociais. Edna pontuou que não teve acesso ao relatório, mas que segue tranquila e segura em relação à sua inocência. A parlamentar avaliou como muito graves a acusações de que está sendo vítima, que dizem respeito a um crime que não cometeu e sobre o qual não foram produzidas provas. "Estou muito tranquila em relação à minha consciência, ao que eu fiz e ao que temos feito em nosso mandato, na nossa proposta e compromisso com a população, não apenas quem nos elegeu, mas para todas, todos e todes que confiam na atuação da vereadora Edna Sampaio e de nosso mandato, que é coletivo", afirmou. A vereadora ainda salientou que a violência política é algo inaceitável, lembrou que há poucas mulheres na política, especialmente as negras, e que é inadmissível que elas estejam tão vulneráveis. "Sigo de cabeça erguida, tranquila em relação a quem sou, à minha idoneidade, responsabilidade com aqueles que confiam em mim. Espero que meus pares possam rechaçar essa decisão e, se isso não acontecer, espero que a Justiça possa fazer Justiça", declarou.