Justiça manteve prisão do homem, que deve responder por homicídio qualificado e estelionato previdenciário.
Justiça manteve prisão do homem, que deve responder por homicídio qualificado e estelionato previdenciário.
Parentes de Irene Soares Alves, que foi morta a pauladas e enterrada no quintal do sítio onde morava, pelo marido que passou a sacar aposentadoria dela, virão a Mato Grosso para realizar um exame de DNA. O crime foi descoberto na quarta-feira (23), em Bom Jesus do Araguaia, a 983 km de Cuiabá. Nesta sexta-feira (25), a Justiça converteu a prisão em flagrante preventiva. O homem, de 69 anos, deve responder por crime de homicídio qualificado em feminicídio, motivo fútil e com recurso que impossibilite ou dificulte a defesa da vítima, segundo o delegado Flávio Leonardo. Ele também será autuado por estelionato previdenciário. Ainda não foi possível fazer contato com a defesa do suspeito. A família é de Goiás e os restos mortais da vítima, que tinha 66 anos e estava desaparecida há três anos, foram encaminhados à Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec). O material biológico será utilizado para confirmação da identidade da vítima. A vítima tinha duas filhas e um filho. Porém, segundo a polícia, nenhum deles tinha contato com a mãe porque não foram criados por ela. O crime A vítima desapareceu em 2019 e deixou uma propriedade avaliada em mais de R$ 1 milhão e com cabeças de gado, além de uma casa. Para as pessoas, o marido, com quem era casada há 19 anos, dizia que ela havia fugido com um amante e, desde então, não teria dado mais notícias. Porém, Irene havia sido assassinada. Segundo a polícia, ele a matou a pauladas com golpes na região da nuca durante uma discussão por motivo banal. Depois, arrastou o corpo para uma fosse atrás da casa e a enterrou. Após o crime, o marido continuou morando no imóvel e passou a sacar a aposentadoria dela todos os meses por cerca de um ano. Só parou porque, segundo contou à polícia, ficou com medo de ser descoberto.