Na 2ª Vara Especializada da Infância e Juventude, a juíza Leilamar Aparecida Rodrigues tomou uma decisão importante: ext
Na 2ª Vara Especializada da Infância e Juventude, a juíza Leilamar Aparecida Rodrigues tomou uma decisão importante: ext
Na 2ª Vara Especializada da Infância e Juventude, a juíza Leilamar Aparecida Rodrigues tomou uma decisão importante: extinguir o processo de execução da medida socioeducativa para a adolescente B.D.O.C., de 17 anos, autora do disparo que tirou a vida de sua então melhor amiga, Isabele Guimarães, em 2020, no condomínio Alphaville, em Cuiabá. De acordo com o referido relatório, B.D.O.C. cumpriu as demandas estabelecidas, apresentando declaração de escolaridade que comprova sua matrícula e frequência na 3ª série do ensino médio no colégio Maxi, além de elaborar um plano futuro com o objetivo de ingressar em uma universidade federal no curso de medicina, e também realizou cursos de inglês e redação. Diante do cumprimento do plano de reabilitação, a magistrada convenceu-se da inexistência de utilidade prática e sóciopedagógica na continuidade da execução, resultando na extinção do processo. Também foi levado em consideração o fato de que a adolescente está prestes a se tornar maior de idade e demonstrou interesse em traçar novos objetivos que a afastam da possibilidade de reincidência infracional. Em 2022, a Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça revogou a internação da menor, com desembargadores alterando o entendimento sobre o caso, mudando a classificação do ato infracional de doloso para culposo. Conforme a sentença, a internação foi inicialmente aplicada levando em conta a prática do ato infracional equiparado ao crime de homicídio qualificado em face de Isabele Guimarães. O crime, ocorrido em julho de 2020, ganhou repercussão nacional, levando a atiradora a ficar internada no Lar Menina Moça, em Cuiabá. Isabele Guimarães foi encontrada sem vida no banheiro da casa da amiga, em julho de 2020. A amiga informou à Polícia que efetuou o disparo acidentalmente contra a colega. A tragédia tirou a vida de Isabele, atingida por um tiro na cabeça, que entrou na região da narina e saiu pela nuca, resultado de um acidente causado pela adolescente ao manusear uma pistola PT 380, dentro do condomínio Alphaville I, no bairro Jardim Itália, em Cuiabá.