O avião de pequeno porte que fez um pouso forçado e foi incendiado em uma fazenda de Brasnorte, a 580 km de Cuiabá, nessa segunda-feira (16), estava carregado com drogas. A suspeita é de que a aeronave tenha sido incendiada pelo próprio piloto, segundo a Polícia Civil.
O delegado Guilherme Lós disse que as equipes continuam buscando pelo piloto, e que a polícia é responsável pelas investigações, uma vez que havia drogas na aeronave.
"Passei um boletim de ocorrência para aeronáutica, porque eles precisavam saber se tinha tráfico de drogas. E, como foi achado drogas, então a gente já partiu para essa linha de investigação, então eles não vão fazer perícia no local. Ontem (16) eu conversei com o coronel responsável [da aeronáutica] que estava de plantão, e ele já descartou a possibilidade de ir porque não é mais a competência deles em relação a isso", infomou.
O avião, modelo minuano, PT-EQL, está com a matrícula cancelada e não tinha autorização para voo. O motivo do cancelamento é por 'perecimento', o que acontece quando a aeronave não pode ser recuperada ou quando a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) não tem notícias sobre ela por mais de 180 dias, informou a Anac.
O acidente
O caso foi informado à polícia por meio da gerente da fazenda, por volta de 9h, sobre a possível queda do avião. No local, a aeronave foi encontrada incendiada, segundo o delegado. A polícia informou não houve vítimas e que ninguém foi encontrado no avião.
"Acionamos a Perícia Criminal de Juína e deslocamos uma equipe de Brasnorte para lá, e Tangará da Serra também deslocou uma equipe para conferir o local do acidente. O avião foi encontrado pelo gerente da fazenda queimado. A princípio, a informação é que o avião fez um pouso forçado e depois colocaram fogo nele. Não foram encontradas pessoas no avião", explicou.
A Polícia Militar e Civil, a Força Tática de Juína e a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) foram ao local para atender a ocorrência.