Um dia após ameaçar a China com uma tarifa adicional de 50%, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que está aguardando um contato de Pequim para iniciar negociações. Em sua rede social, a Truth Social, ele ressaltou que a China também está interessada em um acordo, mas não tem clareza sobre como proceder. Trump ainda comentou sobre uma conversa positiva que teve com o presidente interino da Coreia do Sul, Han Duck-soo, e mencionou que as tratativas com Japão e Israel estão em andamento.
A mudança na abordagem do presidente dos EUA, que agora prioriza acordos em vez de tarifas, trouxe otimismo aos mercados financeiros globais. O secretário do Tesouro, Scott Bessent, tem tentado persuadir o presidente a concentrar esforços em negociações para evitar uma queda acentuada nas bolsas. Apesar de sua abertura para dialogar, Trump não está disposto a suspender as tarifas, que podem se tornar uma medida permanente.
Na semana anterior, Trump havia anunciado tarifas de 34% sobre produtos chineses, somadas a 20% já aplicadas, totalizando 54%. Em resposta, a China impôs uma retaliação de 34% sobre as importações dos Estados Unidos. Se ambos os lados cumprirem suas promessas, a tarifa total sobre os produtos chineses poderá alcançar 104%. O Ministério do Comércio da China declarou que continuará lutando contra essa escalada tarifária.
Além disso, Trump mencionou que está avançando nas conversas com outros países, destacando o Japão como um dos parceiros com os quais busca um entendimento. Bessent observou que a China se isolou ao retaliar e expressou interesse em discutir barreiras comerciais com os japoneses.
