O aumento mais expressivo é o de Maysa Leão, que na eleição de 2020 havia declarado R$ 10 mil
VITÓRIA GOMES
DA REDAÇÃO
Parte dos vereadores de Cuiabá viu seu patrimônio crescer exponencialmente nos últimos quatro anos. Cinco tiveram aumento patrimonial superior a 100%, enquanto dois, que não tinham nada em seu nome, passaram a ter.
O aumento mais expressivo é o da vereadora Maysa Leão (Republicanos), que na eleição de 2020 havia declarado apenas R$ 10 mil e neste pleito registrou R$ 510 mil na Justiça Eleitoral, alta de 5.000%.
À reportagem a vereadora afirmou que o apartamento informado na declaração ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) trata-se de um ímovel adquirido através de um financiamento que será pago em 30 anos, feito pela Caixa Econômica Federal.
Mário Nadaf (PV) também experimentou um aumento expressivo nos bens, cujo patrimônio saltou de R$ 931 mil para R$ 2 milhões. A maior parte vem da soma de terrenos e imóveis.
O vereador Dídimo Vovô (PSB) teve um enriquecimento de 111% nos últimos quatro anos. Seu patrimônio, que em 2020 era de R$ 294.289, aumentou para R$ 621.651.
Presidente da Câmara Municipal, o vereador Chico 2000 também registrou um crescimento de patrimônio maior que 100%. Na eleição passada ele tinha R$ 190 mil e este ano registrou R$ 429.674 em bens.
Quem também enriqueceu foi Cezinha Nascimento (União), que mais do que dobrou de patrimônio, saindo de R$ 190 mil na última eleição para R$ 454.676 agora.
Já o vereador Rodrigo Arruda e Sá (PSDB) não havia declarado nada em 2020. No entanto, esse ano ele listou ter R$ 200 mil em patrimônio.
Michelly Alencar (União) também saiu de nada a declarar e registrou R$ 263.881 de patrimônio este ano.
Perderam dinheiro
Apesar de alguns parlamentares terem enriquecido, também houve outros que ficaram mais "pobres" ao longe desses quatro anos.
A maior queda foi registrada no patrimônio de Rogério Varanda (PSDB).
O vereador, que em 2020 havia declarado uma fortuna maior que R$ 3,3 milhões, este ano diminuiu em 74% o valor de seus bens. Agora, Varanda tem R$ 855,3 mil em seu nome.
Outro que "perdeu" dinheiro foi o vereador Luiz Fernando (União), que saiu de R$ 3.207.128 em 2020 para R$ 1.515.717 em 2024. A queda foi superior a 50%.
O vereador Dilemário Alencar (União) também reduziu parte dos seus bens nas eleições deste ano. Em 2020 ele tinha R$ 468.236 e atualmente tem R$ 346.228.
O vereador Paulo Henrique (MDB) ficou sem patrimônio, segundo seu registro na Justiça Eleitoral. Em 2020 o parlamentar tinha R$ 23,7 mil, porém, este ano ele afirmou não ter nada a declarar.
Recentemente, ele, que havia sido líder do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) na Câmara, foi alvo da Operação Ragnatela, da Polícia Federal, por ser suspeito de auxiliar na liberação de licenças e alvarás para casas noturnas supostamente usadas em um esquema de lavagem de dinheiro para uma facção criminosa em Cuiabá.
Assim como Paulo Henrique, os vereadores Eduardo Magalhães (Republicanos) e Marcus Brito Junior (PV) também declararam não ter nenhum patrimônio. Porém, a falta de bens de ambos perdura desde que eles ingressaram na política, Magalhães em 2018 e Brito em 2020.