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Notícias Sexta-feira, 25 de Abril de 2025, 09:18 - A | A

Sexta-feira, 25 de Abril de 2025, 09h:18 - A | A

ESCÂNDALO NA GASTRONOMIA

Grupo diz que investiu milhões e acusa chef de estelionato

Advogados e empresários dizem que foram atraídos por oferta de sociedade no restaurante Brasido

MIDIANEWS

Um grupo formado por empresários e advogados formalizou na Polícia Civil, em dezembro do ano passado, uma representação criminal contra o chef de cozinha Fernando Mack, acusando-o de estelionato.

 

Eles alegam que o chef ofereceu participação societária no restaurante Brasido, que funciona no Shopping Estação, em Cuiabá, e recebeu um total de R$ 2,8 milhões.

 

O restaurante foi inaugurado em dezembro de 2022. Desde então, segundo o grupo, Mack se recusou a formalizar a sociedade, prestar contas da movimentação financeira e distribuir os lucros do empreendimento.

 

Com base nas representações criminais, as quais o MidiaNews teve acesso exclusivo, o delegado Bruno Mendo Palmiro, titular da Delegacia Especializada de Estelionato de Cuiabá, instaurou um inquérito e está ouvindo as partes envolvidas. Segundo apurou a reportagem, o chef de cozinha deve prestar depoimento nesta sexta-feira (25).

Os denunciantes são o advogado Pedro Paulo Peixoto da Silva Junior (que investiu R$ 250 mil); o advogado Gabryel Stayt Albaneze e sua esposa, a empresária Sinaira Marcondes Moura de Oliveira Albaneze (R$ 847,7 mil); o professor Flávio Henrique dos Santos Foguel (R$ 276,6 mil e um imóvel); e a empresária Darci de Souza Iponema Brasil (R$ 500 mil). 

 

Outras duas supostas vítimas, o advogado Marcelo Ambrósio Cintra (R$ 250 mil) e o empresário Carlos Diogenes Ghiorzi (R$ 750 mil), também prestaram depoimento. Este último decidiu formalizar a representação criminal contra o chef na própria Delegacia. 

  

"Resta claro que o Sr. Fernando utilizou-se de má fé para induzir as partes envolvidas em erro, oferecendo sociedade de um restaurante, recebendo vantagem econômica e após atingir seu objetivo deixou de atender as pessoas envolvidas", escreveu Flávio Foguel na representação. 

 

A primeira sociedade informal

 

De acordo com os documentos, Flávio Foguel foi o primeiro a firmar um contrato informal de sociedade com Fernando Mack, ainda em meados de 2020. Ele relatou que conhecia o chef desde 2015 e investiu R$ 276,6 mil para adquirir 15% das cotas do restaurante.

Flávio também afirma que atuou na criação da marca, no projeto arquitetônico e no plano de marketing do empreendimento. Sua esposa, Fernanda Moreira Rondon Foguel, chegou a trabalhar na cozinha do restaurante.

 

O casal também atuou como fiador na liberação do allowance — mecanismo que permite ao locatário realizar obras no imóvel com recursos do locador — oferecendo um imóvel como garantia.

 

“A frustração, o sentimento de termos sido enganados e o desgaste emocional que eu e minha esposa enfrentamos foi extremo, levando-nos a desistir de continuar no projeto Brasido. Procurei Fernando Mack em julho de 2024, avisando-o da decisão e esperando que ele honrasse o pagamento dos valores devidos, o que não foi feito. Diante do exposto, requeremos providências de investigação criminal para que outras pessoas não caiam no mesmo golpe”, disse na representação.

 

Novos "sócios"

 

Foguel foi quem apresentou o advogado Pedro Paulo Peixoto da Silva Junior a Fernando Mack, em setembro de 2022, após ser comunicado sobre a entrada de novos investidores, entre eles Gabryel Albaneze, sua esposa e Carlos Ghiorz.

 

Na ocasião, segundo o inquérito policial, Fernando ofereceu a Pedro Paulo 10% de participação societária em troca de um aporte financeiro de R$ 500 mil.

O advogado afirma ter investido R$ 250 mil por 5% das cotas, sendo que os outros 5% foram comprados pelo seu sócio, Marcelo Ambrósio Cintra, pelo mesmo valor.

 

“Após a efetivação dos depósitos, o comunicante encaminhou e-mail para o Sr. Fernando com o protocolo de intenções para assinatura. No entanto, até a presente data não recebera a sua via assinada, mesmo após insistentes cobranças”, relatou Pedro Paulo na representação. 

 

"O Sr. Fernando manteve a conduta de não prestar contas dos valores recebidos e despesas realizadas pelo Brasido Restaurante, e muito menos distribuir lucros, agora sob alegação da mudança do sistema e dificuldade em adequar um sistema em relação ao outro. Afirmava que o problema seria solucionado e que os 'sócios' poderiam ir consumindo no restaurante para depois fazer um encontro de contas entre o consumo e a divisão dos lucros, e assim fora feito aguardando a referida prestação de contas", relatou o advogado.

 

R$ 847 mil investidos

 

Gabryel Stayt Albaneze e sua esposa, Sinaira Marcondes Moura de Oliveira Albaneze, dissem ter investido R$ 847,7 mil e eram considerados sócios majoritários do restaurante, com 28% das cotas. Eles fecharam o acordo informal com Fernando em dezembro de 2021, após contratá-lo para consultoria e ele condenar o ponto comercial em que eles haviam locado para abrir um outro restaurante.

Segundo Gabryel, Mack garantiu que os únicos sócios seriam ele, sua esposa e Flávio Foguel. Porém, em junho de 2022, disse ter sido surpreendido com a inclusão de Diógenes Ghiorzi, filho de Carlos Ghiorzi.

 

Às vésperas da inauguração, ele disse que soube da entrada de Pedro Paulo e Marcelo Cintra. Já em abril de 2023, descobriu a participação de Darci Brasil — inicialmente negada por Mack.

 

“Passados meses após a inauguração do restaurante, os representados, sempre que questionados, a cada momento criavam uma justificativa diferente para não prestarem contas e não formalizarem o contrato social, chegaram a afirmar – inventado – que não prestavam contas porque o sócio Pedro Paulo seria inimigo do representante Gabryel em razão de divergências políticas na OAB-MT”, relatou o advogado. 

 

A  gota d'água, segundo Gabryel, foi ele ter sido barrado em um evento no restaurante em outubro de 2023. Desde então, ele relatou que intensificou as cobranças, que nunca foram atendidas. A esposa dele, que travalhava no RH do Brasido, pediu as contas. 

 

Em maio do ano passado, Gabryel disse que passou a procurar os outros sócios para tentar resolver a situação, e em julho, assinou um acordo com o advogado de Mack, que se comprometeu a devolver R$ 1,2 milhão do investimento, referentes ao valor depositado, mais juros e correção. O acordo não foi cumprido, disse.

 

"Ludibriada"

 

A empresária Darci Brasil relatou ter sido convidada por Mack a investir no restaurante em março de 2022, por ser entusiasta da gastronomia. Ela e o então marido, Crispim Iponema Brasil, aportaram R$ 500 mil em troca de 10% da sociedade. Posteriormente, foi informada que teria direito a apenas 8%, e depois 5%, após iniciar um processo de divórcio.

 

Com a inauguração se aproximando e diante da resistência em formalizar o contrato, Darci passou a exigir maior transparência. “Fernando Mack sempre usava subterfúgios para enganar a noticiante”, escreveu na representação. 

 

Ela afirmou ainda que não tinha conhecimento da existência de outros sócios até descobrir, por meios externos, que havia ao menos três. Segundo Darci, o chef criavam situações para impedir que os investidores se conhecessem e chegavam a inventar desavenças entre eles.

"Está evidente nos relatos supra que houve dolo dos Noticiados. Afinal de contas, esses ludibriaram a Noticiante para lhes darem dinheiro em prol da promessa de uma sociedade que em verdade jamais ocorreria. Uma conduta completamente orquestrada, com o único objetivo de, através de um meio fraudulento, obter vantagem para si em prejuízo alheio", disse a empresária no documento formalizado à Polícia Civil. 

 

"Espero que a Justiça seja feita"

 

Em depoimento à Polícia Civil, o empresário Carlos Diogenes Ghiorzi, disse ter investido R$ 750 mil, pagos em várias parcelas, através de Pix e boletos de despesas da obra do restaurante.

 

“Que o declarante irá realizar um levantamento de todos os comprovantes de pagamentos realizados para Fernando Mack, referente ao investimento no Restaurante Brasido, e estará encaminhando via email funcional desta subscritora para fins de juntada nos autos”, disse.

 

“Que o declarante quer consignar que espera que a justiça seja feita e Luiz Fernando pague pelo que fez e repare os danos causados a todos os envolvidos/vítimas desta situação”, acrescentou. 

 

O grupo pede a condenação de Fernando Mack pelo crime de estelionato, bem como a devolução de todo dinheiro investido, de forma atualizada. 

 

Outro lado

 

O chef Fernando Mack e seu advogado foram contatados pela reportagem, para se posicionarem a respeito das acusações. Até a edição desta matéria, nenhum posicionamento de defesa foi enviado à redação. O espaço segue disponível.

 

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