A trupe de palhaços voluntários da organização não-governamental “Doutores Palhaços” embarca, no próximo sábado (10), para a cidade de Manari, em Pernambuco, para uma série de ações teatrais e circerses em comunidades carentes. A cidade a ser visitada registrou o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) no Brasil. O IDH é calculado levando em conta a saúde, a educação e o padrão de vida de uma nação.
O projeto é custeado com recursos próprios e doações de simpatizantes da causa solidária. O grupo de viajantes é formado por sete pessoas, sendo quatro palhaços adultos, dois mirins - filhos dos fundadores da ONG - e uma assistente. Todos os envolvidos têm outras profissões e divem a funções com a palhaçaria.
O Juninho Carvalho, um dos fundadores do operação 'SóRia', nome dado às ações do grupo, disse que a ação faz parte do movimento principal do palhaço às pessoas.
“Acreditamos que o amor de Deus pode transformar e reestabelecer relações. Por isso, reservamos tempo de relacionamento com qualidade com os pacientes, interagindo com sinceridade, uma das qualidades mais dignas do palhaço, com todo o amor, seguindo um dos maiores ensinamentos que Jesus nos deixou: Amar o teu próximo como a ti mesmo”, destacou.
A expedição abre o calendário de atividades anuais do grupo, que também já está com inscrições abertas para a Escola de Palhaço. A formação gratuita para quem quer se inserir nessa arte milenar envolve técnicas de expressão corporal, gestual e verbal, junto da missão de ajudar pessoas. As incrições devem ser feitas pelo site .
Arquiteto por formação, palhaço por amor
Arquiteto entrou no grupo de palhaços em 2022. — Foto: Reprodução
Este ano, a ONG tem como endereço de ensaios, aulas e demais atividades presenciais o escritório de uma construtora em Cuiabá. A movimentação vem chamando a atenção de clientes e funcionários. O gestor em desenvolvimento imobiliário e arquiteto por formação, João Gabriel também está no grupo e se tranforma no palhaço "Catatau". João conta que fez a formação de palhaço em 2022, experiência que define como transformadora.
“Mudou a minha vida. Aprendi muito sobre mim com o meu palhaço e descobri coisas que nem imaginava. É profundo. E é muito bom poder fazer esse trabalho voluntário, levando a mensagem de alegria e amor ao próximo. O palhaço pode mudar o dia de muitas pessoas. Isso vale muito a pena”.
O projeto
O Operação SóRia reúne voluntários que usam a arte da palhaçaria como expressão de solidariedade ao próximo. Música, dança, truques de mágica e o contar histórias se unem à figura do palhaço para encantar, conectar e amparar pessoas em tratamento de saúde, levando palavras de esperança e bom ânimo a esses pacientes e familiares. Voluntários também podem ajudar o projeto com doações.