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Notícias Segunda-feira, 10 de Março de 2025, 16:12 - A | A

Segunda-feira, 10 de Março de 2025, 16h:12 - A | A

GLOBAL

Trump ameaça Rússia com sanções e tarifas caso não pare de atacar a Ucrânia

Presidente dos EUA declarou que, embora seja mais fácil lidar com Moscou do que com Kiev, considera a aplicação de medidas financeiras em grande escala ‘até que seja alcançado cessar-fogo e acordo de paz definitivo’

JOVEMPAN

O presidente dos Estados Unidos ameaçou a Rússia, nesta sexta-feira (7), com sanções e tarifas se o país continuar rejeitando a paz e “atingindo” a Ucrânia, embora tenha dito que é “mais fácil” lidar com Moscou do que com Kiev. “Considerando que a Rússia está atingindo intensamente a Ucrânia no campo de batalha neste exato momento, estou considerando seriamente aplicar sanções financeiras em grande escala e tarifas à Rússia até que seja alcançado o Cessar-Fogo e um Acordo de paz definitivo”, escreveu Trump em sua rede Truth Social.

Um pouco mais tarde, assegurou, no entanto, que considera “francamente mais difícil lidar com a Ucrânia” e que “pode ser mais fácil lidar com a Rússia”. Os Estados Unidos também suspenderam o acesso de Kiev às imagens de satélite comerciais adquiridas por Washington, informou a Agência Nacional de Inteligência Geoespacial.

As forças ucranianas usam essas imagens para rastrear a mobilização das forças russas e avaliar os danos após os ataques. A Ucrânia foi alvo na madrugada desta sexta-feira de um ataque combinado de pelo menos 58 mísseis e 194 drones russos, de acordo com o exército ucraniano. Para combatê-los, Kiev utilizou caças franceses Mirage 2000 que a França entregou no mês passado e que, segundo o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, “funcionaram muito bem”.

Zelensky, cujo conflito verbal na semana passada em um encontro com Trump na Casa Branca levou os Estados Unidos a suspender a ajuda militar a Kiev, voltou a pedir uma trégua dos ataques aéreos. “Os primeiros passos para estabelecer uma paz real deveriam ser forçar a única fonte desta guerra, ou seja, a Rússia, a pôr fim a tais ataques”, escreveu na plataforma X, pedindo uma “proibição” do uso de “mísseis, drones de longo alcance e bombas” aéreas.

Marco para um acordo

Zelensky também pediu “a paz o mais rápido possível” e afirmou que seu país está trabalhando “intensamente” com os Estados Unidos com esse objetivo. A força aérea ucraniana anunciou a derrubada de pelo menos 134 alvos, entre eles 34 mísseis e 100 drones. Durante a noite, ouviram-se alertas aéreos em todo o país e houve danos e feridos em várias regiões.

Cinco pessoas ficaram feridas em Kharkiv (nordeste) e o prefeito da cidade, Igor Terekhov, disse que uma mulher foi “resgatada viva entre os escombros”. Em Ternopil (oeste), segundo o governador da província, Vyacheslav Negoda, “os mísseis atingiram uma instalação industrial crítica” sem causar vítimas. Também foram registrados danos na região de Odessa (sul), como o incêndio de três edifícios residenciais e de “infraestrutura crítica”.

Paralelamente, segundo a mídia e os observadores, a situação das forças ucranianas se deteriorou na parte que ocupam da província russa de Kursk, que Kiev quer utilizar como moeda de troca em negociações futuras. Uma semana após o desentendimento entre Trump e Zelensky na Casa Branca, a Ucrânia terá que enfrentar a suspensão da ajuda militar americana, incluindo a troca de inteligência.

Diante das dúvidas sobre o futuro do apoio militar americano à Europa, os 27 líderes da União Europeia anunciaram na quinta-feira um plano chamado ReArm Europe que tem como objetivo mobilizar 800 bilhões de euros (4,97 trilhões de reais) para aumentar as capacidades de defesa do bloco.

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