A vereadora de Cuiabá Edna Sampaio (PT) foi cassada, com 19 votos, durante sessão extraordinária, nesta quinta-feira (6), por se apropriar da Verba Indenizatória (VI) de sua exchefe de gabinete, Laura Abreu. Apenas Renivaldo Nascimento votou contra. Dídimo Vovô, Edna, Marcream Santos, Paulo Henrique e Mario Nadaf estavam ausentes.
Por três vezes, Edna tentou anular na Justiça a Comissão Processante responsável pelo seu caso, mas ambos os recursos foram negados.
Votaram pela cassação de Edna: Adevair Cabral, Cezinha Nascimento, Chico 2000, Demilson Nogueira, Dilemário Alencar, Dr Luiz
Fernando, Eduardo Magalhães, Fellipe Corrêa, Jeferson Siqueira, Kassio Coelho, Lilo Pinheiro, Marcus Brito, Maysa Leão, Rodrigo
Arruda, Rogério Varanda, Sargento Joelson, Sargento Vidal, Kero Kero, Michelly Alencar.
A vereadora não participou da sessão desta quinta-feira, qual ela chamou de “ilegal”. A petista disse ainda que é vítima de uma “perseguição
imoral”. O advogado efetivo da Câmara, Pedro Henrique Nunes de Oliveira é quem fez a defesa da vereadora na tribuna.
Ainda assim, antes de começar a votação o presidente da Câmara de Cuiabá, vereador Chico 2000 (PL), deu um prazo de 15 minutos para Edna aparecer, mas sem êxito.
Essa é a segunda vez que a parlamentar responde a processo por supostamente praticar o crime de peculato. Em outubro de 2023, Edna foi cassada com 20 votos. A decisão foi revista semanas depois pela Justiça, que entendeu que não foi respeitado o prazo regimental de 90 dias para conclusão dos trabalhos da comissão.
Relembre o caso:
As devoluções da verba indenizatória teriam ocorrido nos quatro meses em que Laura Abreu ocupou o cargo. Mensagens e áudios foram vazados para a imprensa e mostram que até o marido de Edna, Willian Sampaio, fazia uma espécie de cobrança para que Laura não se esquecesse de devolver o dinheiro, que era depositado em sua conta pessoal. Laura foi demitida por estar grávida e por conta disso a Câmara Municipal teve que pagar uma indenização de R$ 70 mil.