Queimadas, níveis críticos dos rios e crise no turismo afetam a economia e o meio ambiente do estado
Mato Grosso está vivendo a pior seca dos últimos 40 anos, um período de escassez hídrica que afeta gravemente a região e coloca em risco o equilíbrio ambiental e a qualidade de vida das pessoas. De acordo com um levantamento exclusivo do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden) feito a pedido do portal G1, o estado enfrenta um cenário devastador com queimadas generalizadas, rios reduzidos a leitos secos e impactos severos sobre a fauna local.
Agosto, conhecido por suas altas temperaturas em Mato Grosso devido à proximidade com a Linha do Equador e intensa radiação solar, intensifica a crise hídrica. Este ano, a seca começou mais cedo e tem sido particularmente severa.
O Pantanal, uma das regiões mais afetadas, registrou uma média de 400 mil hectares cobertos por água nos primeiros quatro meses do ano — uma redução de 10% em comparação ao período seco do ano passado.
Além disso, até julho, foram contabilizados 800 mil hectares queimados no Pantanal, batendo recordes históricos, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).